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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Os Mórmons, barba, cabelo e bigode

Para alguns judeus, muçulmanos e Amish, a barba conota fidelidade e observância religiosa. Pode ser sinal de identidade de um homem e sinal de filiação. 

Orson Pratt e sua grande barba
Já para os judeus, a prática foi sugerida por escritura, como diz em Levítico 19:27: "Não cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça, nem danificareis as extremidades da tua barba". Mas, como escreveu Mark Oppenheimer no New York Times, "não fazer a barba é apenas um dos 613 mandamentos da Torá". 

Para os muçulmanos e os Amish, cabelo facial é mais uma tradição cultural transmitida através dos tempos. Já para os santos dos últimos dias (mórmons), esta tradição têm as suas próprias mudanças e nuances e tem outro significado completamente diferente. 

Durante o século 19 e no início do século 20, a maioria dos homens mórmons, incluindo profetas e apóstolos, ostentavam barbas. 

Quando apóstolo Heber J. Grant chegou à Inglaterra em 1903 para supervisionar o trabalho missionário no exterior, seu predecessor orientou os missionários a deixarem a barba crescer como um símbolo de sua maturidade e dignidade. 

David O. Mckay e o rosto limpo
Em poucos dias, um missionário tímido perguntou ao Élder Grant se ele poderia fazer a barba e Grant, o futuro profeta da Igreja, concordou prontamente. 

O último profeta a ter o barba ou bigode foi George Albert Smith, em 1951. 

Ainda assim, até 1951, todos os profetas mórmons, salvando o Profeta Joseph Smith, foram barbudos. 

Em seguida, veio o belo - e bem barbeado - David O. McKay e os rebeldes anos 60. Talvez a rebeldia estereotipada na barba e cabelos grandes dos anos 60 e 70, incentivaram a liderança a imprimir um novo conceito de higiene facial. 

Elder Richard L. Evans foi o último apóstolo d'A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias a usar pelos faciais enquanto no cargo, usando um bigode bem aparado, até meados de 1960.

Em pouco tempo, as barbas já estavam mais curtas. A Universidade de Brigham Young,  instituição de propriedade da Igreja, orientou que todos do corpo discente deveriam fazer barba, cabelo e bigode, e depois isso foi incluído no famoso código de honra da BYU. 

Logo a famigerada cultura "sem barba e bigode" se espalhou por toda força missionária da Igreja no mundo. Em 2001, tornou-se obrigatória para aqueles que trabalham regularmente em templos da Igreja e oficiam em suas ordenanças. 

A orientação parece existir como costume também para os bispos e líderes da Igreja (embora existam exceções). Mas, como os muçulmanos e Amish, a orientação mórmon é cultural, e não é bíblica ou doutrinária. Afinal, os membros são livres para deixar a barba tomar conta. 

Inclusive, recentemente, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, fez uma espécie de concurso para atores que quisessem participar de filmes da Igreja.  Dezenas de milhares de atores mórmons deixaram brotar suas barbas para que eles pudessem concorrer para vagas em uma série de filmes religiosos sobre a vida de Jesus Cristo que seriam filmados  num cenário-réplica de Jerusalém na cidade de Goshen, Utah.

É bom lembrarmos que com barba ou sem barba, em nada afeta a dignidade da pessoa. O que realmente afeta a dignidade é a rebeldia e o pecado, entre outros fatores. Eu sou a favor de deixar sempre meu rosto limpo e bonito (para mim e minha esposa. É claro); tudo pela higiene e para o bem-estar da minha bela esposa (pois ela acha melhor assim). Entretanto, regras são regras, e estão sujeitas a alterações, o melhor agora é estar sem barba e bigode, pelo menos para os oficiantes do Templo, missionários, líderes da Igreja e estudantes da BYU (com exceção do bigode bem aparado). Vitória ao Prestobarba!

Tem um discurso interessante para discutir sobre o assunto: A ordem das coisas faladas mas não escritas do Elder Packer.

Fonte: ldsliving.com

Um comentário:

  1. Eu tenho esse discurso. É ótimo. Mas os membros tem de tomar muito cuidado ao falar dele, pois já vi membros acrescentando suas próprias doutrinas na ordem das coisas não faladas. Pois elas são pra ser entendidas e não discutidas. Por isso que se deu o nome "copisas não faladas".
    gosstei muito do artigo.

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